Ginecologia

Mioma, quando é necessário operar?

https://dracarolinaamorim.com.br/Mioma, quando é necessário operar?

Mioma é o tumor benigno mais frequente do sistema reprodutor feminino. Ele está presente em até 70% da mulheres em idade fértil. Porém apenas 30% desse percentual é sintomático e necessita de tratamento.

Embora sua origem seja um mistério sabemos que ele é mais frequente quando há histórico familiar, nas afro-descendentes, nas mulheres entre 35-45 anos que não engravidaram e nas obesas.

São tumores que se alimentam de hormônios, principalmente de estrogênios. Embora em alguns casos ocorra também receptores de progesterona.

Está associado a 4-5% dos casos de infertilidade. É encontrado em conjunto com endometriose frequentemente.

Os principais tipos são:
SUBMUCOSO: Localizado dentro da cavidade uterina, é o que provoca mais sangramentos. Pode dificultar a implantação do embrião, causar infertilidade ou aumentar o risco de aborto.

SUBSEROSO: Fica na parte externa do útero. O risco maior aqui não está relacionado à fertilidade, mas a pressionar órgãos vizinhos, como bexiga e intestino.

INTRAMURAL: Nasce na parede do útero. Também pode distorcer a cavidade uterina e provocar cólicas fortes.

PEDICULADO: É um mioma subseroso ou submucoso que permanece conectado ao útero por um pedículo, uma espécie de cordão que o nutre.

O tratamento é necessário quando há sintomas (aumento do fluxo menstrual, infertilidade ou dor e compressão de órgãos vizinhos).Os principais tratamentos são:

MEDICAMENTOS: São usados basicamente para controlar os sintomas. Antiinflamatórios (reduzem o fluxo menstrual e às cólicas) e análogos de GnRH (induzem uma menopausa química, utilizado por tempo determinado antes do procedimento cirúrgico, servem para reduzir o tamanho do mioma);

MIOMECTOMIA: É a cirurgia de extração dos tumores (preserva o útero e restabelece sua anatomia). Indicada para quem quer engravidar. A chance de engravidar depois da intervenção é de 40%.

EMBOLIZAÇÃO: Um cateter introduzido pela artéria femoral, na virilha, alcança os vasos sanguíneos que nutrem o tumor. Uma medicação é injetada para cortar a irrigação do nódulo. Assim, ele diminui. Essa é uma alternativa em casos de miomas múltiplos e difíceis de retirar. Mas o procedimento pode comprometer também a vascularização uterina, por isso não é o ideal para mulheres que querem ter filhos.

HISTERECTOMIA: A cirurgia de remoção do útero é uma solução definitiva e recomendada se a mulher já se aproxima da menopausa e não tem intenção nenhuma de engravidar. Mas costuma ser uma decisão emocionalmente delicada.

Lembre-se: Nem todo mioma precisa ser tratado! O tratamento, quando necessário, deve ser individualizado! Mioma não é cisto nem câncer e sim um tumor benigno do útero!
Consulte seu ginecologista e oriente-se!

#dracarolinaamorim #cirurgiaginecologica #mioma 

Dra Carolina Soares Ferreira Amorim
CRM 131056 TEGO 0062/2014
Ginecologista e Obstetra 
Mamãe do Igor

R. Roque Petrella, 46 Cj 205
Brooklin - São Paulo/SP
(11) 3473- 0762
(11) 98668- 0110

publicado dia: 16/07/2017