O herpes genital é uma doença sexualmente transmissível (DST) causada pelo vírus herpes simples tipo 2.
Estima-se que um em cada cinco adultos esteja infectado com o vírus, apesar de muitos destes não apresentarem sintomas e não saberem que estão contaminados com o vírus.
Nos pacientes sintomáticos, o quadro clínico é dividido em duas situações: infecção primária e recorrência.
O quadro cursa com o surgimento de pequenas bolhas agrupadas nos órgãos genitais. Normalmente, as bolhas surgem e logo em seguida se rompem formando úlceras.
Na infecção primária estas lesões tendem a ser muito dolorosas e pode haver também comichão no local.
Na maioria dos pacientes a infecção ressurge de tempos em tempos, em alguns casos, mais de uma vez por ano. As lesões recorrentes tendem a ser menos dolorosas e duram cerca de 10 dias, metade do tempo da infecção primária. As recorrências do herpes genital costumam surgir após algum evento estressante para o organismo. Entre os mais comuns estão o esforço físico exagerado, estresse emocional, doença, cirurgia recente, exposição solar em excesso e imunossupressão. Em algumas mulheres o período menstrual pode ser o gatilho.
O herpes genital pode ocorrer durante a gravidez e o grande risco é de transmissão para o bebê. Habitualmente, a transmissão só ocorre durante o parto, quando o bebê ao passar pelo canal vaginal entra em contato com as secreções contaminadas da genitália feminina. A cesariana diminui muito o risco de transmissão do herpes, sendo esta a forma mais indicada de parto nas mulheres sabidamente contaminadas. É bom destacar que o parto cesário diminui, mas não elimina completamente o risco de contágio do bebê
Embora não exista cura para o herpes genital, a infecção pode ser controlada com terapia antiviral. O tratamento com antivirais serve para acelerar a cura das lesões, aliviar os sintomas, impedir complicações e reduzir o risco de transmissão para outros.Também é importante manter a área genital limpa e seca, e evitar roupa apertada. Se a dor estiver muito incômoda, analgésicos ou anti-inflamatórios podem ser usados.
A herpes genital é uma doença que tem tratamento e pode ser controlada, mas não existe cura. Quem se contaminou com o vírus ficará contaminado pelo resto da vida, podendo ou não ter sintomas recorrentes da infecção.
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Dra Carolina Soares Ferreira Amorim
CRM 131056 TEGO 0062/2014
Ginecologista e Obstetra
Mamãe do Igor
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publicado dia: 22/06/2017